sexta-feira, 17 de setembro de 2010

PRESERVAÇÃO DO MICO LEÃO DOURADO


O Mico-leão-dourado é um primata encontrado originariamente na Mata Atlântica, no sudeste brasileiro. Encontra-se em perigo de extinção.O mico-leão é conhecido popularmente por sauí, sagüi, sagüi-piranga, sauí vermelho, mico e outras denominações regionais.
Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. Entre os micos-leões, pequenos primatas americanos, o recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. Depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie.
Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal, (restam cerca de 1000 no mundo, metade dos quais em cativeiro) a Reserva Biológica de Poço das Antas, que representa cerca de 2% do habitat original da espécie.
Tem hábitos diurnos e arorícolas. Organizam-se em grupos de até 8 individuos e vivem cerca de 15 anos, sendo a maturidade da fêmea atingida com cerca de 1 ano e meio e a do macho com cerca de 2 anos, sua época reprodutiva é de setembro a março e a gestação demora cerca de 4 meses e meio, gerando, normalmente, entre 1 e 3 filhotes. 
O mico-leão-dourado é um animal pequeno,medindo entre 20 e 26 centímetros com um comprimento caudal entre 31 e 40 centímetros, o adulto pesa entre 360 e 710 gramas, sendo 60 gramas o peso considerado normal para um filhote. São onívoros, o que significa que sua alimentação é muito variada, neste caso comem frutas, insetos, ovos, pequenas aves e lagartos (em cativeiro as aves e lagartos são substituídos por carne). Tem uma pelagem sedosa e brilhante, de cor alaranjada e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem ao seu nome popular.
É uma espécie altamente social.São encontrados,na natureza,em grupos de 2 a 8 indivíduos,frequentemente constituído por membros da mesma família.O grupo consiste do casal reprodutor,1 ou 2 filhotes e outros membros.São altamente territoriais e defendem seus território com ameaças vocais.

Contra a exploração




Pesquisadores buscam ações para evitar desaparecimento da onça-pintada O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), reuniu 35 pesquisadores em Atibaia, São Paulo, para discutir medidas que ajudem a reverter o crescente quadro de redução da onça-pintada no país.

Os estudiosos já definiram 50 ações emergenciais para preservar a espécie, que vão desde a adoção de políticas públicas até o combate à caça. Segundo os pesquisadores, a caça aliada aos conflitos dos predadores com atividades humanas e à fragmentação de habitats naturais são as causas mais sérias para o desaparecimento do mamífero. A onça-pintada é considerada ameaçada” na Mata Atlântica, “vulnerável” no cerrado e “criticamente ameaçada” na caatinga.

A melhor situação do animal está no Pantanal e em pontos da Amazônia. Os pesquisadores fizeram ainda estatísticas sobre as populações de onças no país, o que pode ajudar nos esforços para salvar a espécie onde ela tem maior risco de desaparecer em curto e médio prazos. O Nordeste abriga menos de 250 desses animais e pode ter a espécie extinta em 60 anos. Uma solução para mudar essa tendência preocupante é criar novas unidades de conservação e corredores unindo as já existentes, ligando assim as populações isoladas.

Em meados de 2010, o governo federal promete publicar um plano nacional para a conservação da onça-pintada, levando em conta todos esses aspectos. O biólogo MsC. Henrique Villas Boas Concone representou a Fazenda San Francisco durante o evento participando intensamente do plano de ação.

Registros mostram que 20 baleias jubarte encalharam neste ano no Brasil


Desde o início do ano, 20 baleias jubarte encalharam no litoral brasileiro. Os dados são do Instituto Baleia Jubarte (IBJ), responsável pela proteção da espécie no Brasil, em cooperação com o Ibama.

Desse total, 12 animais encalharam no estado da Bahia, cinco no Espírito Santo, um no Rio de Janeiro, um em Santa Catarina e um em Alagoas.

Segundo a diretora do Instituto Baleia Jubarte, bióloga Márcia Engel, desses 20 animais, somente um encalhou vivo. "Foi um filhote em Guarapari (ES) e morreu pouco depois do encalhe. Pelo tamanho do animal, com 3,64 metros, devia ser um prematuro". Ela informou que no ano passado cinco animais encalharam vivos, mas nenhum sobreviveu.

O mês de setembro é o que concentrou maior número de encalhes, seis. Em julho e agosto foram registrados quatro encalhes em cada mês, num total de oito. Na primeira quinzena de outubro foram registrados quatro encalhes. Dois encalhes, um em janeiro, e outro em fevereiro, ocorreram fora da temporada de baleias jubarte no Brasil.

Durante o verão, as jubarte se alimentam nas águas da Antártida, e migram para as águas tropicais do litoral baiano, para reproduzir e amamentar os filhotes, entre os meses de julho e novembro. Dos animais que encalharam este ano, dez eram filhotes que ainda estavam mamando, quatro eram adultos, e seis não possuíam dados precisos de comprimento.

O coordenador de pesquisas do Instituto Baleia Jubarte, veterinário Milton Marcondes, explica que o encalhe pode ser definido como: "qualquer mamífero marinho morto na praia ou flutuando próximo à costa; qualquer cetáceo vivo na praia ou em água tão rasa que não seja possível para ele se livrar sozinho e retomar suas atividades normais. O encalhe ocorre quando estes animais chegam próximos às praias ou arrebentação e não conseguem se libertar sozinhos".

Márcia destaca que as baleias fazem parte da chamada megafauna carismática, animais de grande porte que despertam a atenção e carinho por parte das pessoas. "As campanhas Salvem as Baleias realizadas nas décadas de 70 e 80 no mundo é um exemplo disso. Uma baleia encalhada desperta a atenção da população e a cobertura da mídia, principalmente televisiva, gera a necessidade de uma resposta pronta para o resgate", afirma.

O veterinário do IBJ, que participa das operações de resgate de cetáceos, ressalta que mesmo que parte dos resgates não obtenha sucesso, "isto não inviabiliza o valor da tentativa em si, desde que esta seja feita de maneira responsável. Embora a morte de uma baleia gere comoção, se todos os esforços para salvá-la foram feitos, existe um reconhecimento público pelo valor da tentativa". Ele informa que durante o resgate são tomadas medidas para minimizar o sofrimento do animal.

Nos resgates bem sucedidos, quando o animal é devolvido ao mar e não volta a encalhar, "existe o benefício para o animal em si, para a espécie, e a satisfação pessoal da equipe de resgate e o atendimento ao anseio popular", disse ele.
Causas do encalhe:  As causas do encalhe podem ser de origem diversas, como: ocorrência de doenças; a fuga de predadores ou a perseguição a presas; o emalhe em artefatos de pesca ou a colisão com embarcações; condições climáticas adversas (tempestades, furacões) e condições topográficas e oceanográficas (variações de maré, praias de relevo plano); a coesão social (comportamento de manter o grupo unido - podem fazer com que animais sadios acompanhem outros doentes até à praia); entre outros.

O veterinário alerta que um animal encalhado é também um risco para a saúde pública. Ele observa que a curiosidade da população, em relação às baleias e golfinhos encalhados, faz com que muitas pessoas tenham contato com animais vivos ou carcaças em decomposição. Muitas doenças podem ser transmitidas por estes animais ao homem.

O atendimento aos animais encalhados deve ser feito por profissionais especializados. No caso de animais vivos, os técnicos podem realizar trabalhos de informação ambiental para a população.

Para a diretora do IBJ, um dos fenômenos com maior poder de sensibilização nas pessoas é o encalhe de uma grande baleia viva. "Um animal tão grande e indefeso sofrendo, costuma sensibilizar as pessoas e causar uma grande mobilização, sejam de curiosos, querendo observar mais de perto um animal raro, ou de pessoas querendo auxiliar no resgate".

Os encalhes individuais de animais vivos são raros. No Brasil, a baleia jubarte é uma das espécies mais estudadas. Há 17 anos, o Projeto Baleia Jubarte é responsável pela proteção da espécie no País.

Em 1996, deu origem ao Instituto Baleia Jubarte, onde realiza trabalhos de pesquisa e conservação da espécie, além de prestar apoio às comunidades litorâneas com atividades de educação ambiental. A baleia jubarte consta da lista do Ibama de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção.