Parente mais próximo do ser humano, o chimpanzé pode ser extinto em cerca de 50 anos por causa da caça, da devastação de seu habitat natural e de doenças.
O alerta é de pesquisadores norte-americanos, que apresentaram um estudo nesta terça-feira durante uma conferência da Pasa (Aliança dos Santuários Pan-Africanos, na sigla em inglês) em Johannesburg, na África do Sul. Estes santuários abrigam grandes macacos feridos ou órfãos.
"A situação é muito mais crítica do que pensávamos", disse Norm Rosen, antropólogo da Universidade do Estado da Califórnia, que coordenou o trabalho.
O estudo levou em conta o número de órfãos levados para os santuários para calcular a perda de chimpanzés na floresta. Rosen estima que dez chimpanzés são mortos em seu habitat natural para cada órfão que chega aos santuários.
Atualmente, os 19 santuários da Pasa cuidam de 670 chimpanzés --um número que cresceu mais de 50% nos últimos três anos.
Segundo a pesquisa, a situação mais crítica está entre a subespécie Pan troglodytes vellerosus. Atualmente, só restaram 8.000 exemplares deste chimpanzé, encontrado predominantemente na Nigéria. De acordo com os especialistas, ele pode desaparecer em até 23 anos.
As outras três subespécies de chimpanzés enfrentam chances pouco melhores --os cientistas calculam que estes animais podem ser extintos entre 41 e 53 anos.
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